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Febre Oropouche: Entenda o Risco Durante a Gestação

A febre Oropouche é uma arbovirose causada pelo vírus Oropouche, transmitido principalmente pela picada de mosquitos da espécie Culicoides paraensis. Embora essa doença seja mais comum em regiões tropicais da América Latina, o aumento de casos e sua rápida disseminação têm gerado preocupação, especialmente para gestantes, devido aos potenciais riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

O que é a Febre Oropouche?

A febre Oropouche é uma infecção viral caracterizada por sintomas semelhantes aos da dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos, como febre alta, dores de cabeça intensas, dores nas articulações e musculares, mal-estar, náuseas e, em alguns casos, erupções cutâneas. A doença geralmente tem uma evolução benigna, com sintomas que duram entre 3 a 7 dias, mas podem causar complicações em certos grupos de risco, como idosos, pessoas com imunidade comprometida e gestantes.

Como ocorre a transmissão?

O principal vetor da febre Oropouche é o mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito pólvora, encontrado em áreas urbanas e rurais de climas tropicais e úmidos. O vírus também pode ser transmitido por outros insetos picadores e, em menor escala, por meio do contato com sangue infectado.

Riscos da Febre Oropouche Durante a Gestação

Durante a gestação, o sistema imunológico da mulher passa por diversas alterações, o que pode torná-la mais vulnerável a infecções virais. A febre Oropouche pode representar riscos tanto para a saúde da gestante quanto para o desenvolvimento do feto.

  1. Risco de Complicações: Gestantes infectadas pelo vírus Oropouche podem apresentar sintomas mais graves, como febre persistente e intensas dores no corpo. Embora raras, complicações mais sérias, como meningite viral, têm sido relatadas em alguns casos.
  2. Potenciais Efeitos no Feto: Embora ainda sejam necessários mais estudos para determinar o impacto direto da febre Oropouche no desenvolvimento fetal, infecções virais em geral podem aumentar o risco de partos prematuros, baixo peso ao nascer e, em casos mais graves, malformações. Isso ocorre porque a infecção pode desencadear respostas inflamatórias no corpo da mãe, afetando o ambiente intrauterino.
  3. Desafios no Diagnóstico: Os sintomas da febre Oropouche são semelhantes aos de outras doenças comuns em áreas tropicais, como a dengue e o zika vírus, o que pode dificultar o diagnóstico correto. Para gestantes, é fundamental obter um diagnóstico preciso e rápido, pois outras arboviroses, como o zika, estão associadas a sérios riscos para o feto, incluindo a microcefalia.

Prevenção e Cuidados

Prevenir a febre Oropouche envolve principalmente evitar a picada de mosquitos. A seguir, algumas medidas importantes para gestantes:

  • Uso de Repelentes: Produtos à base de DEET são seguros para uso durante a gestação e podem ajudar a prevenir picadas de mosquitos.
  • Barreiras Físicas: Usar roupas de manga longa, calças e telas nas janelas são medidas eficazes para evitar o contato com o mosquito vetor.
  • Controle do Vetor: Eliminar focos de água parada, onde mosquitos podem se reproduzir, é essencial para diminuir o risco de infecção.

A febre Oropouche pode apresentar riscos adicionais para gestantes, tanto pela possibilidade de sintomas mais graves quanto pelos potenciais efeitos no feto. Como a prevenção é a melhor estratégia, é essencial que gestantes adotem medidas rigorosas para evitar a exposição ao vírus. Além disso, em áreas endêmicas ou em caso de sintomas suspeitos, é fundamental buscar orientação médica para diagnóstico e tratamento adequados.

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